Massacre
Sinto feito um Sírio
à flor da pele
luto
em luta espreita
a nuca reverbera em
pulso-circular
baixa voltagem
tortura suficiente lacrimejah o
olho no limite da pupila que
salta ao lado
e distende o nervo focal
expremendo com pescoço
o nervo axial
então
urro
implodindo a garganta que não grita
nenhum contato é necessário
como o toque do celular no sequestro anunciado
as novas do massacre da
milícia : "pronto, já matamos demais"
.
miséria e massacre
vestindo o trapo
produzindo o edifício
às custas das digitais
encorpando as células em câncer
cega, muda
ofuscada
nunca surda
aparentemente convencida
sigo
dissimula
e prepara a
reviravolta
revolução
silva
sibila
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