Fora do tempo
obsta o gosto,
o abraço o aperto o semi-amasso
o papo o papo o passo
a dança aroma a cintura apoio do braço
uma delícia de mulher
a cor da pele
o cabelo preto perto o cheiro
através o pescoço a textura
o rosto a minha boca sentido o calor da sua
boca
sua boca,
o beijo fora do tempo
.
tempos em tempos
em fração da curta vida essa
o inteiro valor perde
no contraste
da dízima que me extasia
um joelho de apoio o outro solto
uma perna jeans uma perna charme
vão se encontrar na bunda assim,
os pés paralelos a mão na cintura a cabeça abandonada ao lado
faz o passo à frente em curva e cruza,
e meu olho fixa nos pés
melissa fio cruzado escuro
raiz desse trançado
e respira
desentretida e passa
pro próximo passo
sua barriga o seio o cólo o pescoço o rosto, seus cabelos
olhando pra cima
pendulando
me levando a pensar
ela às vezes vira o rosto
de soslaio
pra certeza e um sorriso solo
pro público desse espetáculo
quinta-feira, 24 de junho de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Vícios
Vícios
Meus Deus, o que
que eu tenho
pedra, pó, maconha
não são objetivos
sou eu quem os usa
e trabalho
comida para os obesos
o excesso perene
tudo mata
cedo e tarde
então a solidão não
então a solidão não existe mais
Meus Deus, o que
que eu tenho
pedra, pó, maconha
não são objetivos
sou eu quem os usa
e trabalho
comida para os obesos
o excesso perene
tudo mata
cedo e tarde
então a solidão não
então a solidão não existe mais
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Não existe o indivíduo
filho meu
imagem, mímese
no tropeço ou comentário
do meu gesto surge
o meu gesto admira,
assume
ele diz:"
tenho que ser eu
tem que ser alguém diferente, distinto
indivíduo
vou comigo superar você
ordinário comum típico homem,
um
frustrado
medíocre"
filho meu
meu
minha vida, comida
carrega isso todo dia
seu perfume e olfato
paladar pudor
eu
e
s
t
o
u
ele vivia:"
tive outros tantos
elas, livros
as madrugadas
ouço falar de bilhões
sei milhões
milhares me olham
centenas me escutam
disso sou fui
e
transformo
o indivíduo que criou,
não existe o indivíduo que criou
não existe o indivíduo.
imagem, mímese
no tropeço ou comentário
do meu gesto surge
o meu gesto admira,
assume
ele diz:"
tenho que ser eu
tem que ser alguém diferente, distinto
indivíduo
vou comigo superar você
ordinário comum típico homem,
um
frustrado
medíocre"
filho meu
meu
minha vida, comida
carrega isso todo dia
seu perfume e olfato
paladar pudor
eu
e
s
t
o
u
ele vivia:"
tive outros tantos
elas, livros
as madrugadas
ouço falar de bilhões
sei milhões
milhares me olham
centenas me escutam
disso sou fui
e
transformo
o indivíduo que criou,
não existe o indivíduo que criou
não existe o indivíduo.
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