Um poeminha
pra minha irmazinha
que é tão magrela
fina menina
é bailarina
fala matraca
toda branquela
ela requebra
era um cotoco
disse que vai
e por um pouco
não é maior do que o pai!
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
sábado, 19 de dezembro de 2009
Barata
O riso aceptico
branco
como o branco das nuvens
a pele lisa
seca
tenra
mas brilhante
enfim
que preguiça
se somos 97% iguais as
baratas
branco
como o branco das nuvens
a pele lisa
seca
tenra
mas brilhante
enfim
que preguiça
se somos 97% iguais as
baratas
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Fume cigarros
Um copo com café 300 ml
Um maço de cigarros
Uma paranga, alguns becks
Um gê de pó, cinco carreirinhas num banheiro sujo
Uma mulher
Duas mulheres
Uma terceira mulher
mais alguns secretos
o cigarro tem mil substâncias
veneno de rato pra queimar uniforme
a cocaína corrói a cabeça
um vem do sangue e suor de mulheres
o outro de crianças também
eu,
me matam de tanto trabalhar
o café me deixa acesso
o cigarro leva pros diabos meus demônios
e os seus também
fume, debaixo dos toldos
Um maço de cigarros
Uma paranga, alguns becks
Um gê de pó, cinco carreirinhas num banheiro sujo
Uma mulher
Duas mulheres
Uma terceira mulher
mais alguns secretos
o cigarro tem mil substâncias
veneno de rato pra queimar uniforme
a cocaína corrói a cabeça
um vem do sangue e suor de mulheres
o outro de crianças também
eu,
me matam de tanto trabalhar
o café me deixa acesso
o cigarro leva pros diabos meus demônios
e os seus também
fume, debaixo dos toldos
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Acontece
o futuro não existe
exatamente como deus
a previsão do tempo
o que somos
é
o que queremos
não
e ponto
exatamente como deus
a previsão do tempo
o que somos
é
o que queremos
não
e ponto
Divina comédia humana
Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol
Quando você entrou em mim como um Sol no quintal
Aí um analista amigo meu disse que desse jeito
Não vou ser feliz direito
Porque o amor é uma coisa mais profunda que um encontro casual
Aí um analista amigo meu disse que desse jeito
Não vou viver satisfeito
Porque o amor é uma coisa mais profunda que uma transa sensual
Deixando a profundidade de lado
Eu quero é ficar colado à pele dela noite e dia
Fazendo tudo de novo e dizendo sim à paixão morando na filosofia
Eu quero gozar no seu céu, pode ser no seu inferno
Viver a divina comédia humana onde nada é eterno
Ora direis, ouvir estrelas, certo perdeste o senso
Eu vos direi no entanto:
Enquanto houver espaço, corpo e tempo e algum modo de dizer não
Eu canto
Esse é o cara.
Quando você entrou em mim como um Sol no quintal
Aí um analista amigo meu disse que desse jeito
Não vou ser feliz direito
Porque o amor é uma coisa mais profunda que um encontro casual
Aí um analista amigo meu disse que desse jeito
Não vou viver satisfeito
Porque o amor é uma coisa mais profunda que uma transa sensual
Deixando a profundidade de lado
Eu quero é ficar colado à pele dela noite e dia
Fazendo tudo de novo e dizendo sim à paixão morando na filosofia
Eu quero gozar no seu céu, pode ser no seu inferno
Viver a divina comédia humana onde nada é eterno
Ora direis, ouvir estrelas, certo perdeste o senso
Eu vos direi no entanto:
Enquanto houver espaço, corpo e tempo e algum modo de dizer não
Eu canto
Esse é o cara.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
domingo, 15 de novembro de 2009
Copo
Existe o copo
um copo americano
muito bom pra tomar cerveja
rígido
mas transparente
tem rugas muito boas também
que não o deixam como vidro liso
ou seja, não escorrega mesmo molhado
Existe o dentro e o fora do copo
como coisas separadas
divididas
rigidamente
mesmo o copo sendo transparente
dentro do copo, assim como fóra
é permitido todo tipo de
indecisão
no entanto
é um copo
desses que eu disse
e existe o dentro e o fora do copo
um copo americano
muito bom pra tomar cerveja
rígido
mas transparente
tem rugas muito boas também
que não o deixam como vidro liso
ou seja, não escorrega mesmo molhado
Existe o dentro e o fora do copo
como coisas separadas
divididas
rigidamente
mesmo o copo sendo transparente
dentro do copo, assim como fóra
é permitido todo tipo de
indecisão
no entanto
é um copo
desses que eu disse
e existe o dentro e o fora do copo
No topo
O vento intenso
no topo
noitinha
num dia
que o vento disfarça
tão quente quanto são paulo
num dia quente
e o vento leva palavras
como essa:
to com frio
com tudo aquilo que eu não faço idéia
vem cá vem cá que eu to com calor
no topo
noitinha
num dia
que o vento disfarça
tão quente quanto são paulo
num dia quente
e o vento leva palavras
como essa:
to com frio
com tudo aquilo que eu não faço idéia
vem cá vem cá que eu to com calor
Balanço e perspectivas
E se a vida fizesse sentido
se tudo seguisse tranquilo
e se o verso fosse só um poema
às vezes sem sentido
e se tudo tivesse sentido
e se tudo fizesse sentido
e se o verso fosse
um poema de amor
um poema de amante
um poema de vinícius
Sobre todas as coisas
à margem
sorrindo
flutuando e sentindo
me engolfo
não saibo
inseguro e consistente
te sinto
Te faço elegias por partes
entrego versos completos com sentido
na síntese sigo suave, tranquilo
no diálogo do que sou e o que digo
afirmo, sou rapper ou navego o vício
no quebra-cabeça que é líquido
que a peça que falta que sou eu quem decido
pra quebrar o ritmo
pra que
be
ce
de
é você
se tudo seguisse tranquilo
e se o verso fosse só um poema
às vezes sem sentido
e se tudo tivesse sentido
e se tudo fizesse sentido
e se o verso fosse
um poema de amor
um poema de amante
um poema de vinícius
Sobre todas as coisas
à margem
sorrindo
flutuando e sentindo
me engolfo
não saibo
inseguro e consistente
te sinto
Te faço elegias por partes
entrego versos completos com sentido
na síntese sigo suave, tranquilo
no diálogo do que sou e o que digo
afirmo, sou rapper ou navego o vício
no quebra-cabeça que é líquido
que a peça que falta que sou eu quem decido
pra quebrar o ritmo
pra que
be
ce
de
é você
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Só para os trotskystas (até 1923)
Rosa Luxemburgo
Karl Liebknecht
Jogiches
a tristeza de Mehring
Vladimir Ilitch
Ulianov Lenin
John Maclean
John Reed
Lefevbre
Lev Davidovich
Trotsky
Rakovsky
Paul Levi
para eles
o calor incomodo da lágrima
incrédulo
um beijo na boca de pai
um carinho de mãe
Karl Liebknecht
Jogiches
a tristeza de Mehring
Vladimir Ilitch
Ulianov Lenin
John Maclean
John Reed
Lefevbre
Lev Davidovich
Trotsky
Rakovsky
Paul Levi
para eles
o calor incomodo da lágrima
incrédulo
um beijo na boca de pai
um carinho de mãe
domingo, 8 de novembro de 2009
Trechos
e se de repente
sem saber
querendo
amor
de uma granada
que decepou seu braço
os estilhaços perfuraram
seu olho esquerdo
e destroçaram seus lábios
e dentes, um vira-lata
Uso o poema para o
escândalo
uma esperança
uma alegria
canta mais
travo
meço
sigo
acelero
Uma coisa. A estrofe da granada (eu sei, eu sei, é a melhor), não é minha! Roubei do poema que está nesse blog também, o rotina (do régis bonvicino). Eu explico: pra o que eu queria do poema não dava pra fazer algo melhor, e cortar o poema dele também ajuda, então, desculpem pela decepção parcial!
sem saber
querendo
amor
de uma granada
que decepou seu braço
os estilhaços perfuraram
seu olho esquerdo
e destroçaram seus lábios
e dentes, um vira-lata
Uso o poema para o
escândalo
uma esperança
uma alegria
canta mais
travo
meço
sigo
acelero
Uma coisa. A estrofe da granada (eu sei, eu sei, é a melhor), não é minha! Roubei do poema que está nesse blog também, o rotina (do régis bonvicino). Eu explico: pra o que eu queria do poema não dava pra fazer algo melhor, e cortar o poema dele também ajuda, então, desculpem pela decepção parcial!
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
sábado, 31 de outubro de 2009
Lento, Lento
suave
seguindo
sabendo
o suficiente
pra imaginar
sem tempo
correndo
esquecendo
subindo,
descendo
pra deixar
pra lá
sonolento
à toa
de boa
sistematizando
pra te
encontrar
seguindo
sabendo
o suficiente
pra imaginar
sem tempo
correndo
esquecendo
subindo,
descendo
pra deixar
pra lá
sonolento
à toa
de boa
sistematizando
pra te
encontrar
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
Azul
Não me bate
a raiva
Nem desespero
Só a tristeza
me inunda
tranquila
de passos leves
sem pressa de atravessar
a raiva
Nem desespero
Só a tristeza
me inunda
tranquila
de passos leves
sem pressa de atravessar
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Radiohead - Weird Fishes
Aquela então não foi a única. Essa é a segunda. Gosto muito deles, é um desafio traduzir, mas a música e o tempo que escuto eles facilita as intenções. Mas não que esteja bom, enquanto não for profissional vai ser difícil rapaziada, é, é a lógica da humanidade, fazer o que!
O atalho pra música é esse daqui. Coloquei o do CD, mas o Scotch Mist (a outra versão das músicas desse álbum) é bem legal, tem um video no youtube de 57 minutos que tem todo o álbum (In Rainbows) com uns trecos de arte que eu não entendo (artes plásticas eu não manjo nada), eis o link para esse, pra quem tiver interesse.
Se tiver mais interesse ainda eu posso indicar por onde começar a ouvir os caras e as principais músicas de cada "vibe" (mas tudo bem, tem bastante de depressão mesmo. Mas, galera, vivemos no pós década de 90 e o álbum é de antes da crise ainda! Além do mais é bem animadinho esse último)
Radiohead - Weird Fishes
tradução livre poética
esquisitos peixes estranhos
dentro do mar aberto
no fundo do oceano
seus olhos
me acendem
e por que eu devo ficar
pra que eu ficaria
não seguir onde você leva
seria loucura
seus olhos
me acendem
me viram aparição
e sigo até a borda
da terra
e escorrego
é isso,
todos vão
se tem a chance
e essa
é minha
fui devorado
pelos vermes
peixes esquisitos
dissecado pelos
vermes e
peixes estranhos
esquisitos
peixes
estranhos
mas eu vou,
alcançar
e fugir
alcançar e fugir
eu
vou alcançar
fugir
O atalho pra música é esse daqui. Coloquei o do CD, mas o Scotch Mist (a outra versão das músicas desse álbum) é bem legal, tem um video no youtube de 57 minutos que tem todo o álbum (In Rainbows) com uns trecos de arte que eu não entendo (artes plásticas eu não manjo nada), eis o link para esse, pra quem tiver interesse.
Se tiver mais interesse ainda eu posso indicar por onde começar a ouvir os caras e as principais músicas de cada "vibe" (mas tudo bem, tem bastante de depressão mesmo. Mas, galera, vivemos no pós década de 90 e o álbum é de antes da crise ainda! Além do mais é bem animadinho esse último)
Radiohead - Weird Fishes
tradução livre poética
esquisitos peixes estranhos
dentro do mar aberto
no fundo do oceano
seus olhos
me acendem
e por que eu devo ficar
pra que eu ficaria
não seguir onde você leva
seria loucura
seus olhos
me acendem
me viram aparição
e sigo até a borda
da terra
e escorrego
é isso,
todos vão
se tem a chance
e essa
é minha
fui devorado
pelos vermes
peixes esquisitos
dissecado pelos
vermes e
peixes estranhos
esquisitos
estranhos
mas eu vou,
alcançar
e fugir
alcançar e fugir
eu
vou alcançar
fugir
Freedom=Liberdade
envasamos
perfumes e cremes
com satisfação
cobrimos nossos
cabelos e corpos
e nossa expressão
prendemos os
risos e espirros
e a opinião
Free doom
liberdade
dá calo na
mão
cidadania?
Sociedade aqui é
comigo e os
irmão
perfumes e cremes
com satisfação
cobrimos nossos
cabelos e corpos
e nossa expressão
prendemos os
risos e espirros
e a opinião
Free doom
liberdade
dá calo na
mão
cidadania?
Sociedade aqui é
comigo e os
irmão
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Taxidermia
perfil per
feito
te cheiro
apelo
o cangote
a
perto,
com
pacto e mordo
segu
ro
su
ave
e
sat
is
feito
abaixo o pano
palmeio
escorregando
me en
guio
vendo pouco
quedo
me-em-cacho per
sigo
a brasa
o calor
o sussurro quem
nussegura
a brasa
o calor e
o ar do pulmão
mais gostoso
feito
te cheiro
apelo
o cangote
a
perto,
com
pacto e mordo
segu
ro
su
ave
e
sat
is
feito
abaixo o pano
palmeio
escorregando
me en
guio
vendo pouco
quedo
me-em-cacho per
sigo
a brasa
o calor
o sussurro quem
nussegura
a brasa
o calor e
o ar do pulmão
mais gostoso
sábado, 17 de outubro de 2009
Radiohead - Life in a Glasshouse
Primeira e talvez última tradução minha. Decidi fazer em poema, é bem bonita a letra, o link para a música é esse daqui. É impressionante como piano pode ser bonito. Eu também fiz uma versão no violão que disfarça a depressão... ha!
Radiohead - Life in a glasshouse
Tradução poética livre
numa casa de vidro
de novo eu
com problemas com ela
ela cobre as janelas
um sorriso no rosto
numa casa de vidro
mais uma vez eu
compactado
feito comida congelada
em série
como frango industrial
Pense nos milhões de famintos
sem política
não atire pedras
sua Majestade
eu adoraria
sentar e conversar
adoraria bater um papo
eu
adoraria
sentar e conversar
adoraria bater um papo
mas...
alguém?
mais uma vez
sedentos
por um linchamento
,estranho equívoco,
você deveria dar
a outra face
vivendo
numa casa de vidro
claro que eu
adoraria conversar
sentar e
bater um papo
só
só
só
só
só
alguém na escuta?
Radiohead - Life in a glasshouse
Tradução poética livre
numa casa de vidro
de novo eu
com problemas com ela
ela cobre as janelas
um sorriso no rosto
numa casa de vidro
mais uma vez eu
compactado
feito comida congelada
em série
como frango industrial
Pense nos milhões de famintos
sem política
não atire pedras
sua Majestade
eu adoraria
sentar e conversar
adoraria bater um papo
eu
adoraria
sentar e conversar
adoraria bater um papo
mas...
alguém?
mais uma vez
sedentos
por um linchamento
,estranho equívoco,
você deveria dar
a outra face
vivendo
numa casa de vidro
claro que eu
adoraria conversar
sentar e
bater um papo
só
só
alguém na escuta?
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Dor de garganta
hoje
não quero o Invisível
o que os cegos não sentem
o que o vento não esfria
me empurram de mim
depois separam
me justificam
sem explicar
me querem
masoquista
louco
animal esperto quieto
calo e consinto
grito calado
olhando pra baixo
grito
não grito
.
ranger os dentes
enquanto dorme
desvio
uniforme do olhar
engole o choro
implosivo
eu quero
o indizível
não quero o Invisível
o que os cegos não sentem
o que o vento não esfria
me empurram de mim
depois separam
me justificam
sem explicar
me querem
masoquista
louco
animal esperto quieto
calo e consinto
grito calado
olhando pra baixo
grito
não grito
.
ranger os dentes
enquanto dorme
desvio
uniforme do olhar
engole o choro
implosivo
eu quero
o indizível
domingo, 27 de setembro de 2009
Machismo
Tem gente que acha que pode acabar com a homossexualidade de alguém, por que acha bom que isso aconteça. Mas isso não faz sentido. As mulheres se dão muito mal em um mundo que o machismo existe da forma que existe hoje no nosso mundo. Isso, elas percebendo isso, faria com que elas não gostassem dos homens. Alguns podem dizer que qualquer tipo de doença masoquista poderia faze-lo. Eu acho que do jeito que eu vejo como o mundo é, e que sempre foi assim, não pode ser que todas as mulheres estejam doentes. Então elas passam por cima disso e ficam com os homens, e eu fico muito feliz disso acontecer. Na verdade o que faria mais sentido hoje seria que as mulheres ficassem com as mulheres, por que não tem um macho machista as oprimindo todo o tempo. Sobre os homens eu não sei. Então se mesmo sem sentido e lógica nenhuma os homens e mulheres continuam juntos, e podemos chamar isso de amor, sem ser românticos, por que isso não pode acontecer entre homens e homens, e mulheres e mulheres?
Não que qualquer diferença deva existir, mas se ela existe, e tem tenta gente que gosta, por que ficar procurando minhoca?
Um beijo e um abraço pra todo mundo.
Não que qualquer diferença deva existir, mas se ela existe, e tem tenta gente que gosta, por que ficar procurando minhoca?
Um beijo e um abraço pra todo mundo.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Ela dança
a boca
e a maquiagem dos olhos
que de longe
esqueço, querendo ser
o pano do vestido
e a corrente de ar
que alternadamente ficam impregnados
do seu cheiro e ângulos
e a maquiagem dos olhos
que de longe
esqueço, querendo ser
o pano do vestido
e a corrente de ar
que alternadamente ficam impregnados
do seu cheiro e ângulos
quarta-feira, 22 de julho de 2009
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Oi, tudo bem?
AH TEMPO ERA TUDO O QUE EU QUERIA FINALMENTE TEMPO TEMPO
respira
respira
respira
respira
Ah, tempo
era tudo o
que eu queria
finalmente
tempo
ai
a
i
respira
respira
respira
respira
Ah, tempo
era tudo o
que eu queria
finalmente
tempo
ai
sexta-feira, 8 de maio de 2009
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Mas não foram cruzados que vieram. Foram fugitivos de uma civilização que estamos comendo, porque somos fortes e vingativos como o Jabuti.
Mas não foram cruzados que vieram. Foram fugitivos de uma civilização que estamos comendo, porque somos fortes e vingativos como o Jabuti.
Mas não foram cruzados que vieram. Foram fugitivos de uma civilização que estamos comendo, porque somos fortes e vingativos como o Jabuti.
Acho que passamos mal.
Mas não foram cruzados que vieram. Foram fugitivos de uma civilização que estamos comendo, porque somos fortes e vingativos como o Jabuti.
Mas não foram cruzados que vieram. Foram fugitivos de uma civilização que estamos comendo, porque somos fortes e vingativos como o Jabuti.
Acho que passamos mal.
23 anos
sexta-feira, 20 de março de 2009
sexta-feira, 6 de março de 2009
Coletivo
tênis gastos
ávidos
por espaço
verso sinuoso
movimentação
precisa
Corredor de nucas | tornam-se úteis
à catraca | pés de bailarina e sua
braços distendidos | mandinga dolorida
o impulso |
Cotovelos em riste, porto-seguro | joanetes, calcanhar.
Vem o alívio | pontas dos dedos
do tranco | o peito do pé
| incham
reordena |
e |
aumenta |
o calor |
a tecnologia
da caminhada
do montanhismo,
velocistas
não dizem muito
não servem
Mutilamos os pés
todos os dias, sempre
das meninas quando
criança
para belos
pés pequenos
para
que
não
fujam
domingo, 1 de março de 2009
Tento
você superou
o alcool
Revirou
o pó
fez de mim
latejando sua
vontade
respiro
fraco
vejo
perto, pouco
pra te por
no verso
tento
o alcool
Revirou
o pó
fez de mim
latejando sua
vontade
fraco
perto, pouco
pra te por
no verso
tento
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Samba do bobo
(paródia daquela música, eu bebo sim, e to vivendo, tem gente que não bebe e está morrendo, que eu não sei o nome)
Samba do bobo
Eu sou bobo sim, e estou vivendo
Tem gente que é sisuda e está morrendo, eu sou bobo sim! x2
Tem gente que já está com o pé na cova
É sisuda e isso prova
Que a bobeira não faz mal
Tem quem não faz piada nem faz troça
Fecha a cara e fecha a porta
Diz "quem é esse boçal", sou bobo sim!
Refrão x2
Um dia a nação boba ainda mostra
Dá montinho, cambalhota
Verdadeiros passa-mau
Por que tem pouco tempo pra ser bobo
Ser sisudo ou dorminhoco
Que que tem de mais legal? Sou bobo sim!
Refrão x2
Ficou divertida =D
Samba do bobo
Eu sou bobo sim, e estou vivendo
Tem gente que é sisuda e está morrendo, eu sou bobo sim! x2
Tem gente que já está com o pé na cova
É sisuda e isso prova
Que a bobeira não faz mal
Tem quem não faz piada nem faz troça
Fecha a cara e fecha a porta
Diz "quem é esse boçal", sou bobo sim!
Refrão x2
Um dia a nação boba ainda mostra
Dá montinho, cambalhota
Verdadeiros passa-mau
Por que tem pouco tempo pra ser bobo
Ser sisudo ou dorminhoco
Que que tem de mais legal? Sou bobo sim!
Refrão x2
Ficou divertida =D
Prolixamente falando sobre a alienação do trabalho e sua resolução
A realização do homem enquanto ser genérico e consciente se dá através da capacidade genérica operativa: o trabalho. Este processo alienado impede a concretização humana de apropriação dos sentidos e natureza e trabalho de forma humana, necessidades básicas "humanizadas", humanas, e necessidades, de maneira humana, desenvolvidas à partir daí. Daí a necessidade primeira de fim do trabalho alienado (processo de realização humana alienada) para a libertação dos sentidos e além.
Essa é a síntese geral. No capitalismo a alienação se reflete, de maneira simplificada, assim: o trabalhador aliena a realização, o processo e o produto do trabalho para o capitalista. Utiliza o trabalho como um meio de sobrevivência. É mais ou menos isso, que eu entendi né.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Régis Bonvicino
Rotina
Um mendigo
ao revirar
uma lata de lixo
arrancou o pino
de uma granada
que decepou seu braço
os estilhaços perfuraram
seu olho esquerdo
e destroçaram seus lábios
e dentes, um vira-lata
morreu na hora
Gostava
da vida despedaçada
que o acolhia -
em sua explosiva rotina
Viva, em vermelho vivo
no muro
dois mendigos
largados na calçada
dormindo
indiferentes aos carros que passam
e ao alívio
da brisa
que atenua o calor de dezembro
um vira-lata dorme também
tranquilo
Eu acho um dos melhores poemas que eu li esses tempos. De um cara "novo" né, ou que ainda tá vivo e escrevendo, é de um livro publicado em 2007, apesar de caro, e em geral livro de poesia dar uma dor no bolso, muita coisa sem escrever e páginas em branco, por que eu gosto é de conteúdo, mesmo na forma, vale a pena. Eu gosto e tenho dito, e ponto.
Não gosto de publicar outros, é mais pra mostrar mesmo, e não tenho tido tempo de escrever, espero que passe.
Um mendigo
ao revirar
uma lata de lixo
arrancou o pino
de uma granada
que decepou seu braço
os estilhaços perfuraram
seu olho esquerdo
e destroçaram seus lábios
e dentes, um vira-lata
morreu na hora
Gostava
da vida despedaçada
que o acolhia -
em sua explosiva rotina
Viva, em vermelho vivo
no muro
dois mendigos
largados na calçada
dormindo
indiferentes aos carros que passam
e ao alívio
da brisa
que atenua o calor de dezembro
um vira-lata dorme também
tranquilo
Eu acho um dos melhores poemas que eu li esses tempos. De um cara "novo" né, ou que ainda tá vivo e escrevendo, é de um livro publicado em 2007, apesar de caro, e em geral livro de poesia dar uma dor no bolso, muita coisa sem escrever e páginas em branco, por que eu gosto é de conteúdo, mesmo na forma, vale a pena. Eu gosto e tenho dito, e ponto.
Não gosto de publicar outros, é mais pra mostrar mesmo, e não tenho tido tempo de escrever, espero que passe.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Reconhecimento
puxa o fumo do torpor
sorve entre lábio dedo e pele
preta, opaca cor
na ponta o centro de gravidade
suga junto atentos olhos vermelhos
produzo intermitentes
incontáveis
Deliciosos
de repente riso
te aproximo
reconheço terreno
tateio displicente
testa, têmpora, maça e bochecha
mas sua boca
desiguais lábios parados
indistintos no tom
coração, desenho de criança na metade do caminho
se perde e continua a linha
Inverte em simples traço
e acaba
sorve entre lábio dedo e pele
preta, opaca cor
na ponta o centro de gravidade
suga junto atentos olhos vermelhos
produzo intermitentes
incontáveis
Deliciosos
de repente riso
te aproximo
reconheço terreno
tateio displicente
testa, têmpora, maça e bochecha
mas sua boca
desiguais lábios parados
indistintos no tom
coração, desenho de criança na metade do caminho
se perde e continua a linha
Inverte em simples traço
e acaba
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