Entra em cena o palhaço
Tudo bem, dissemos
é o fim dos tempos
Talvez a terra ceda
do peso que empilhamos
Talvez o céu escureça
da fumaça que tragamos
e o Sol, pequenininho, escondidinho
tadinho, vira mais uma estrelinha sem sentido
Cê tá pensando
que eu sou loki, bixo?
Hoje é dia de peça!
nosso tempo persiste!
o círculo não se fecha
ele nem existe!
Mas eu não estou interessado
em nenhuma teoria
que tal o beijo
talvez dessa moça ao lado
talvez desse moço à frente
essa eu já peguei
esse eu já nem sei
ai meu deus, mas que vontade
uhm, vou perguntar a milhagem
carregar essa areia em duas viagens
sei dançar, cantar, mas sou tímido
bem vestido, bonito, também sou rico
carinhoso , forte
tenho um fake no orkut
sou poeta e ator
não cultivo, assim, essa dor
administro, produzo, reviso
extruso, manejo, produto
te levo no papo
mas o que é que eu queria mesmo?
Ah, um beijo
que tal, um beijo
pode ser, um beijo
pode ser?
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Cena 1
Eu nunca vou dizer
eu te amo
(ele olhou pro lado
sorrindo, lindo)
O contraste
toma a cena
Eu não aguento mais
*batem bumbos
quebram pratos
rodopio e tropeços
entra em cena
o silêncio*
(eu, já nem sei mais
não chora, ô desespero)
A respeito do olhar:
um à procura
outro por aí
(ai, mas que perigo)
Sou todos os versos
a vida é quem manda na lira
ela vai e vem
como a bússola
na mão de quem busca
eu te amo
(ele olhou pro lado
sorrindo, lindo)
O contraste
toma a cena
Eu não aguento mais
*batem bumbos
quebram pratos
rodopio e tropeços
entra em cena
o silêncio*
(eu, já nem sei mais
não chora, ô desespero)
A respeito do olhar:
um à procura
outro por aí
(ai, mas que perigo)
Sou todos os versos
a vida é quem manda na lira
ela vai e vem
como a bússola
na mão de quem busca
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Jonas (para o Léo)
Jonas sabia fazer aviões de papel
sua irmã dizia: faz mais!
de novo?
mais um por favor. Buááá
Jonas não queria só isso
fez asas nos seus próprios braços
com folhas e galhos secos caídos
da rua, do quintal, do caminho de casa
papel e cola, e muita contorção
andou até a árvore mais alta que conhecia
subiu,
subiu
e subiu
e pulou
e caindo
não caiu
Jonas voou
voou menino como peter-pan
feito um menino-pássaro com penas nas asas
(como deve voar um menino do amazonas)
apertado e feio como o super-homem
tecnológico como faria alguém que constrói prédios também
sua irmã dizia: faz mais!
de novo?
mais um por favor. Buááá
Jonas não queria só isso
fez asas nos seus próprios braços
com folhas e galhos secos caídos
da rua, do quintal, do caminho de casa
papel e cola, e muita contorção
andou até a árvore mais alta que conhecia
subiu,
subiu
e subiu
e pulou
e caindo
não caiu
Jonas voou
voou menino como peter-pan
feito um menino-pássaro com penas nas asas
(como deve voar um menino do amazonas)
apertado e feio como o super-homem
tecnológico como faria alguém que constrói prédios também
Apresentação
envoco a vida,
o dia-a-dia,
e como minha mãe dizia
fazendo arte menino?
convoco o que ouço
e o que digo
baixo o palco, subo o pano
penso torto, canto o verso
sejam, vejam, venham
todos e todas
um bocejo
espreguiço
sempre que possível
sejam todos bem-vindos
o dia-a-dia,
e como minha mãe dizia
fazendo arte menino?
convoco o que ouço
e o que digo
baixo o palco, subo o pano
penso torto, canto o verso
sejam, vejam, venham
todos e todas
um bocejo
espreguiço
sempre que possível
sejam todos bem-vindos
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